sexta-feira, 22 de abril de 2022

Noivos à Força, Christina Lauren

 


Sinopse:
    «Olive está habituada a não ter sorte. Seja no amor, na carreira ou em qualquer outro aspeto da sua vida, o azar está sempre à espreita. Já Ami, a sua irmã gémea, é tão sortuda que conseguiu organizar toda a sua festa de casamento com os prémios que ganhou em concursos online. Só que a boda de sonho da irmã é sinónimo de pesadelo para Olive, que terá de passar toda a cerimónia com o detestável Ethan Thomas, irmão e padrinho do noivo.
    Mas a sorte de Olive parece estar prestes a mudar, já que todos os convidados apanham uma intoxicação alimentar e só ela e Ethan não são afetados. E com o casal doente, há uma lua de mel no Havai com tudo pago… e sem noivos!
    Encorajada por Ami e determinada a impedir que Ethan goze umas férias gratuitas sozinho, Olive decide esquecer as diferenças que os separam e embarcar rumo ao paraíso. Afinal, será assim tão difícil evitarem-se um ao outro durante dez dias? Até nem seria, se Olive não desse de caras com o seu novo patrão e não precisasse de se fingir apaixonada numa idílica lua de mel.
    O problema é que essa mentira inocente ganha contornos mais graves e o infortúnio de Olive parece agravar-se cada vez mais. Mas Olive não se sente azarada. Na verdade, começa até a sentir-se… uma felizarda.
»

Opinião
    Vi este livro circular por muitos "bookstagrams" (instagrams dedicados aos livros e à review dos mesmos) e ao ler a sinopse no site da Wook soube que tinha de ler esta história tirada do wattpad, sítio que me viu crescer enquanto escritora. 
    Pois bem, li e apaixonei-me pelas personagens. Identifiquei-me desde cedo com Olive: somos ambas incrivelmente azaradas, com um seio familiar ligeiramente loco e com mau gosto por interesses amorosos. Vi-me a desejar experienciar o que a personagem vivia no decorrer da história: desde o casamento falhado da irmã até às picardias com Ethan. Este representa o modelo de um cavaleiro andante moderno, com bom sentido de humor e sarcástico que dói. Acabam por ambos fazer o jogo do gato e do rato, considerando a presença um do outro intolerável, tornando a história um bocado cliché mas que eu pessoalmente adoro. 
    Fiquei um bocado desiludida ao acabar o livro porque queria continuar a seguir a história dos dois, como se estes fossem pessoas reais. Acho que só isso é um excelente indicativo que demonstra o quanto gostei deste livro. Sem dúvida que o voltarei a ler!  
               
                                                                         ♡

Avaliação global: ☆☆☆☆
Data de começo: 29 de março de 2022
Data de término: 08 de abril de 2022 

domingo, 27 de março de 2022

Diário de uma Avó e de um Neto Confinados em Casa, Alice Vieira e Nélson Mateus



Sinopse:

    «2020 foi um ano estranho para todos. Nunca passámos tanto tempo em casa, nunca passámos tanto tempo sem ver aqueles que são importantes para nós. E quando a necessidade apertou, foram precisas novas, e velhas, formas de comunicação: regressou a conversa à janela, foi-se embora o abraço, chegaram os Zooms.
    Mas, onde ficam outras gerações nestes tempos incertos?
    Como faz uma avó que nunca aprendeu a mandar SMS ou um avô cujo telemóvel não tem câmara?
  Mais do que nunca, as gerações mais velhas têm-se visto isoladas, mas tal não devia ser, especialmente considerando a tecnologia que temos hoje a nosso dispor. E é aí que entram Alice Vieira e Nélson Mateus, Avó e Neto adotados, uma ponte entre gerações que ensina como a alma está algures entre a vivacidade dos jovens e as memórias dos mais velhos, e que podemos criar algo de mágico ao juntar os dois.»


Opinião:

    Alice Vieira não é uma autora estranha para mim. Aliás, foi através dela que cresci e que descobri o gosto pela leitura e pela escrita. Cada livro que saía da saga "Cheiro a..." era adquirido pela minha mãe e devorado por mim. Também fui diversas vezes à Feira do Livro de propósito porque sabia que ela estaria lá a dar uma palestra ou fazer uma sessão de autógrafos. 
    Nélson Mateus desconhecia por completo, mas devo dizer que vejo traços da sua "avó" - como a trata, apesar de não serem avó-neto de sangue - na escrita, pelo que decerto a tem como inspiração. 
    Este livro, com a primeira edição datada de agosto de 2021, ensinou-me muito sobre a história de Portugal:
    1º) Porque ainda não era nascida nem planeada;
    2º) Porque houve assuntos que nunca foram abordados nas derradeiras aulas de História.
    Aborda diversos temas como o festival da canção, a morte de José Dias Coelho, o direito ao voto das mulheres, o 25 de abril, a censura da época que era uma dor de cabeça para os jornalistas, o próprio do confinamento, Eunice Muñoz e a sua carreira, entre outras figuras ilustres portuguesas e outros acontecimentos igualmente marcantes. 
    Achei que não iria gostar da forma como estava estruturado: em forma de diário, onde existem entradas do "neto" e entradas da "avó", com ilustrações simples mas bonitas referentes aos assuntos. Mas confesso que aos poucos fui começando a ganhar-lhe gosto porque, por um lado, vemos a perspetiva da década de 70 e da década de 40, e por outro vemos em como as opiniões e vivências diferem, atribuindo uma riqueza enorme a este livro pela quantidade de informação detalhe a que o leitor vai tendo acesso.
    É um livro acessível a todos: aos mais novos porque, como eu, vão conhecer mais a história do próprio país e as dificuldades de, por exemplo, não ter acesso a um telemóvel; e aos mais velhos porque vão puder relembrar e até dar o seu cunho sobre determinadas situações que também eles viveram.  

Frases mais bonitas:

«A culpa disto tudo é do Benjamin Franklin, que em 1784 achava que gastava muitas velas. Então vai de andar com o relógio com horas para a frente e horas para trás, para o dia ter mais luz solar e assim poupar dinheiro nas velas que comprava
»

«Vivemos numa sociedade envelhecida, hipócrita, em que a maioria das pessoas só pensa em si própria.»

«Isto de ser velho não deixa de ser um paradoxo. Ninguém quer ser velho, mas todos querem chegar a velhos. O tempo passa a correr. Há uns anos, grande parte das famílias não tinha telefone fixo em casa. Hoje, os telemóveis evoluíram tanto, que dão para fazer tudo e mais alguma coisa, inclusive fazer chamadas... E ainda temos a Internet. Cada vez estamos em contacto com mais pessoas e, ironia da atualidade, cada vez estamos mais sozinhos. Os mais novos têm muito para aprender com os mais velhos. Mas os mais velhos também podem aprender muito com os mais novos.»
                                                 
                                                                          ♡
   
Avaliação global: ☆☆☆☆
Data de começo: 20 de março de 2022
Data de término: 26 de março de 2022 

quinta-feira, 24 de março de 2022

Mulherzinhas, Louisa May Alcott


Sinopse:

    «As irmãs Meg, Jo, Beth e Amy conhecem algumas dificuldades depois da partida do seu pai para a guerra e dos problemas económicos que a família enfrenta. Mas o espírito lutador e de união que reinam naquele lar ajudam-nas a seguir em frente. Quer em casa quer nas relações com os amigos e vizinhos, elas conseguem surpreender e continuar e ser fiéis aos seus sonhos, vivendo cada dia com esperança e boa-disposição. Uma história em que o amor e a coragem se revelam mais fortes do que todas as dificuldades que estas quatro raparigas, juntamente com a sua mãe, têm de enfrentar.»

Opinião:

    Louisa May Alcott tem uma escrita que pessoalmente adoro: cheia de detalhe. Para muitos pode ser um tanto cansativa mas para mim é através das longas descrições que dou asas à minha imaginação e embarco em mais uma leitura. Confesso que esta narrativa surpreendeu e o final deixou-me a desejar ter o exemplar que dá continuidade à história para continuar a acompanhar esta família tão interessante.
    O livro é dividido em 23 capítulos que relatam a história das irmãs March: Margareth (Meg), a filha mais velha do casal e a mais obediente; Josephine (Jo), uma típica "maria-rapaz", com uma personalidade muito forte e talento imenso para a escrita; Elizabeth (Beth), a sombra de Jo, como a segunda gosta de chamar, dotada para o piano e para a música, sendo a mais tímida das 4; e por fim Amy, a mais nova de todas e por sinal, a mais vaidosa.
    Ao longo da história vamos percebendo como a ida de Mr.March para a guerra afetou cada uma delas e em como as fez crescer, cada uma à sua maneira. Acompanhamos diversos episódios que demonstram as suas dificuldades em trabalhar em conjunto e manter a harmonia, tal como uma família deve ter. 

    Theodore Laurence (Laurie) e James Laurence (Mr. Laurence, avô de Laurie) desempenham papéis importantes no crescimento das raparigas. Laurie, foi tornando-se família, um verdadeiro confidente de todas as irmãs March e especial compincha de Jo, por quem tinha muita estima. Teve o papel de irmão mais velho quando precisavam de conselhos e era o animador da casa quando tudo parecia correr mal. Já Mr. Laurence envergou, na minha humilde opinião, o ditado de que "não se deve julgar um livro pela sua capa". Aparentava ser um velho sisudo e mal disposto, com cara de que "toda a gente lhe deve mas ninguém lhe paga" mas aos poucos vamos percebendo que Mr. Laurence é bem mais do que isso, e tal como o neto começa a derreter-se aos encantos das meninas March, tendo especial carinho por Beth. 
    Surgem alguns ensinamentos com esta história: de que a família é o mais importante que podemos ter neste mundo, que a riqueza não é tudo e que é importante ajudar os outros e marcar a diferença mesmo que o que ofereçamos seja pouco.
    Numa nota geral, derreti-me com esta leitura. Foi mais enriquecedora e deu-me mais ensinamentos do que alguma vez acharia que um livro me pudesse dar. Sem dúvida que recomendo a todos que se debrucem sobre esta obra da literatura. É um pedaço lindíssimo da escrita de Alcott, que desejo voltar a ler.

Frases mais bonitas:

"Não podemos fazer muito mas podemos fazer os nossos sacrifícios, é importante que os façamos com boa vontade" 

"Não tenho medo de tempestades, pois elas me ensinam a navegar"

"Algumas pessoas pareciam ter toda a luz do sol; outras, toda a sombra"

Avaliação global: ☆☆☆☆
Data de começo: 
04 de março de 2022
Data de término: 20 de março de 2022 

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022

Contos Embrulhados em Café, Vol.II

 

Sinopse:

    «É na teia das complexas relações do dia a dia que Sónia Teixeira encontra a inspiração para os seus romances de amor e paixão, revelando uma especial mestria para manter o empolgamento e a curiosidade sobre o final de cada uma das suas histórias.
    Tendo já conquistado o coração de muitos leitores, a autora regressa agora com Contos Embrulhados em Café - Volume II, oferecendo enredos imperdíveis e personagens envolventes, para se emocionar, apaixonar e pedir a continuação.»

Elisa Lopes Antunes - Emporium Editora


Opinião:

    A escrita de Sónia Teixeira voltou a surpreender no volume II de "Contos Embrulhados em Café".
Este livro tem menos contos mas são mais extensos, acabando por compensar. A temática do romantismo continua a ser o principal foco. No entanto, também faz alusão aos sonhos que muitas vezes ficam para trás devido a variadas situações da vida adulta e em como temos de ser persistentes em segui-los para a nossa vida ter sentido e rumo. Confesso que me apaixonei por dois contos:
    - "Mocha", que trata da história de um rapaz de 17 anos chamado Simão e que por se meter constantemente em sarilhos ficou estabelecido fazer trabalho comunitário num lar durante uns meses. Lá estabelecer uma relação com Rosária, uma das enfermeiras de serviço, e por Sr. José, um utente do lar, com quem estabelece uma relação de quase pai-filho e por quem nutre estima.
É incrível ver a evolução desta personagem. Primeiro, surge-nos como um rapaz que quer ser homem, com possibilidades de ter um futuro melhor caso não escolhesse más companhias que o levavam por maus caminhos. Porém, ao longo da narrativa, transforma-se e Simão já não é aquele rapazinho de antes mas sim um homem, com algumas incertezas;
    - "Americano", que foi uma maravilha de ler! Apresenta-nos o casamento fraturado de Isabel, mulher que se contenta com pouco e que por isso espera pouco do marido que já nem se esforça para manter a chama viva, com muita pena dela.
Este era advogado e como tal estava sempre ocupado, ora a viajar ou a estudar para casos, pelo que Isabel e a filha que tinham em comum ficavam sempre para segundo plano.
Até que, através do trabalho de Isabel, surge uma oportunidade de viajar que a iria permitir sair da monotonia que estava a ser a sua vida. Durante a viagem conhece Carla e Vasco com quem estabelece relações, ambas de diferente carácter.
    Gostei imenso deste segundo volume. Confesso que estava com algum receio de me desiludir uma vez que tinha o primeiro livro da família em tão boa consideração. No entanto surpreendi-me, algo que é comum com esta autora, e vi-me a levá-lo para todo o lado (à semelhança do que acontecia com o primeiro). Em geral, recomendaria este livro por se tratar de um leitura simples e fácil de entender, com mensagens bastante interessantes e familiares ao século XXI.
    Contudo, um ponto que poderia melhorar seria a edição de texto. Notei várias vezes que haviam palavras coladas umas às outras o que acabava por se tornar frustrante ao perceber a frequência com que surgiam no decorrer da leitura, acabando até por interromper o bom fluir da mesma.

Avaliação global: ☆☆☆☆
Data de começo: 
20 de fevereiro de 2022
Data de término: 23 de fevereiro de 2022 

Contos Embrulhados em Café, Sónia Teixeira



 Sinopse:

    «Porque o amor é o mais inspirador dos sentimentos, "Contos Embrulhados em Café" são histórias em que Sónia Teixeira convida o leitor a deixar-se envolver em vidas que enigmaticamente se cruzam, amores que delicadamente se constroem, a apaixonar-se pelos seus sedutores personagens, caminhar com eles e deixá-los partir.
    As oito curtas narrativas prendem o leitor ao sublime encantamento dos bons romances, lembrando que o verdadeiro amor é feito de confiança, entrega e coragem, força interior que pode perdurar e vencer todos os obstáculos.
»

Opinião:

    A escrita da Sónia cativou-me assim que peguei no livro pela primeira vez, quando o mesmo me foi apresentado numa ida à farmácia para comprar medicamentos para a minha mãe. Desde esse dia que não o larguei. Acompanhou-me para todo o lado: desde ficar na sala de espera das urgências até aguardar pela hora das minhas aulas no simulador de condução. Sempre que arranjava uma escapadinha de tempo, lá estava eu deliciada na escrita bonita e cómica desta cara autora.
    Tal como o próprio título indica, tratam-se de diversos contos, todos eles com protagonistas diferentes cujo tópico principal é o romance. No entanto, cada conto acaba por abordar outros temas pertinentes e representam ainda um taboo na sociedade em que vivemos, como o amor no clero, casamentos infelizes, relacionamentos entre idades díspares, etc... Adorei cada um deles. Julgava, ao finalizar um conto, que aquele seria o meu preferido. No entanto, assim que começava outro, mudava de ideias e assim foi acontecendo sucessivamente até ao final do livro. Não posso especificar o conto que mais gostei porque adorei-os a todos. Contudo uns impactaram-me mais do que outros e sem dúvida que guardo "Leonor" e "António" no meu coração e agradeço os seus ensinamentos.
    A este livro segue-lhe o volume II e ao dialogar com a autora, ficou a promessa de que em breve sairia o 3º e último volume. Porém espero que continue a escrever, seja contos, romances, policiais, o que for, que eu cá estarei para ler e me perder na sua escrita.

Avaliação global: ☆☆☆☆☆
Data de começo:
13 de fevereiro de 2022
Data de término: 18 de fevereiro de 2022 

sábado, 19 de fevereiro de 2022

O Monte dos Vendavais, Emily Brontë

Sinopse:

    «"O Monte dos Vendavais" é uma das grandes obras-primas da literatura inglesa. Único romance escrito por Emily Brontë, é a narrativa poderosa e tragicamente bela da paixão de Heathcliff e Catherine Earnshaw, de um amor tempestuoso e quase demoníaco que acabará por afetar as vidas de todos aqueles que os rodeiam como uma maldição. Adotado em criança pelo patriarca da família Earnshaw, o senhor do Monte dos Vendavais, Heathcliff é ostracizado por Hindley, o filho legítimo, e levado a acreditar que Catherine, a irmã dele, não corresponde à intensidade dos seus sentimentos. Abandona assim o Monte dos Vendavais para regressar anos mais tarde disposto a levar a cabo a mais tenebrosa vingança. Magistral na construção da trama narrativa, na singularidade e força das personagens, na grandeza poética da sua visão, nodoso e agreste como a raiz da urze que cobre as charnecas de Yorkshire, "O Monte dos Vendavais" reveste-se da intemporalidade inerente à grande literatura.»

Opinião:

    "O Monte dos Vendavais" foi o segundo livro de 2022, da saga de Romances Eternos da RBA colecionáveis. Adquiri-o por curiosidade e pelo o título já ter pairado nos meus ouvidos, no entanto não posso deixar de demonstrar a minha desilusão com esta leitura.
    A história é nos contada por Ellen Dean, a governanta do Monte dos Vendavais, ao seu amo, Sr. Lockwood, quando este adoece e aborrecido mas ao mesmo tempo curioso, deseja saber mais sobre Heathcliff, o seu senhorio. Nesta narrativa, que ocupa a maior parte da história, é visível a atenção ao detalhe na escrita de Brontë, ao ponto de me deixar desconfortável com certas passagens por ser bastante gráfica. Compreendo que o tenho feito para transparecer ao leitor exatamente o que queria. No entanto confesso que tive de passar uma parte onde era descrito um ato horrendo cometido por Heathcliff para com um animal. A partir daí fui mais cautelosa com a minha leitura, com receio de encontrar algo que me arrepende-se de ler. Devo dizer que o comportamento das personagens principais, Catherine (Cathy) Earnshaw e Heathcliff, é repugnante e super egocêntrico. Creio que o objetivo da autora não era torná-los adorados mas sim  diferentes, peculiares e "odiados" pelo leitor, o que a meu ver foi uma tarefa bem sucedida.
    Por se tratar de um romance, a temática amorosa é abordada de uma maneira surpreendente. Foca-se mais no amor masoquista e egocêntrico existindo portanto menção do amor/ódio e em como a paixão pode dominar uma pessoa e levá-la a cometer loucuras.
    De uma forma geral, gostei da escrita detalhada e do desenvolvimento das personagens, mas não seria capaz do recomendar por me ter deixado bastante incomodada ao ler.

Avaliação global: ☆☆
Data de começo: 
07 de fevereiro de 2022
Data de término: 12 de fevereiro de 2022 

Orgulho e Preconceito, Jane Austen

 



Sinopse:

    «"Orgulho e Preconceito" é, sem dúvida, uma das obras em que melhor se pode descobrir a personalidade literária de Jane Austen. Com o fino poder de observação que lhe era peculiar, a autora dá-nos um retrato impressionante do que era o mundo da pequena burguesia inglesa do seu tempo: um mundo dominado pela mesquinhez do interesse, pelo orgulho e preconceitos de classe.
    Esses "orgulho" e "preconceito" que, no romance, acabam por ceder o passo a outras razões com bem mais fundadas raízes no coração humano.
Uma obra intemporal.
»


Opinião:

    "Orgulho e Preconceito" foi o primeiro livro de 2022, da saga de Romances Eternos da RBA colecionáveis. Confesso que já tinha ouvido falar bastante dele e após o ter adquirido, percebo o porquê.
    A história passa-se numa cidade fictícia de Meryton, em Hertfordshire, não muito longe de Londres e acompanha a história dos Bennet, família composta por Mr. e Mrs. Bennet, e as suas 5 filhas: Jane, Elizabeth (Lizzy), Mary, Catherine (Kitty) e Lydia. É através da segunda filha mais velha, Elizabeth Bennet, que vemos como era representada a sociedade do século XIX e rapidamente enfrentamos problemas relacionados com educação, moral e matrimónio. 
    Jane Austen ilustra o matrimónio da altura com uma leve crítica à sociedade e aos seus costumes ao presentear-nos com 4 casamentos durante a história, todos eles diferentes. Mostra-nos desde cedo que o principal foco das famílias, era casar as filhas e melhorar assim o seu futuro, não só para conforto próprio, mas principalmente para conforto social. Apercebemo-nos de que a mulher é muitas vezes vista como "propriedade" ou "moeda de troca" para se adquirir vantagens e interessantes, mas sempre com o poder de decisão da parte delas.
    À primeira vista o romance pode parecer uma simples e previsível história de amor. Mas por detrás disso, Austen chama à atenção para a condição feminina da época, onde as mulheres eram discriminadas e sofriam injustiças.
    De um modo geral, voltaria a ler o livro e de certo que o recomendaria tanto pela escrita cativante como pelo desenlace delicioso da história.


Avaliação Final: 
Data de começo: 
28 de janeiro de 2022
Data de término: 06 de fevereiro de 2022